Emprego?

Emprego?

O Brasil conta, hoje, com mais de 14 milhões de desempregados, e se incluirmos o desemprego por “desalento” chegamos a 20 milhões, e se considerarmos subempregos e subutilizações (bicos) chegamos a 30 milhões, frente a uma população economicamente ativa (PEA) de pouco mais de 100 milhões de brasileiros, ou seja, de pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho ou que, de certa forma, estão procurando se inserir nele para exercer algum tipo de atividade remunerada.

O que fazer, então? Essa é a pergunta crucial, da qual não há uma resposta única e verdadeira. São vários os fatores a serem considerados, tanto para o capital, empregador, como para o trabalho, empregado, – “ops! desempregado”. Esta realidade passa por questões do mundo atual, globalizado e de forte competitividade, com novas tecnologias de produção e de serviços, softwares avançados, robotização, internet das coisas, e por aí vai.

Do lado do capital é preciso se reinventar e investir pesado para competir (uma missão financeira nada simples), e do lado do trabalho é necessário ter capacitação técnica para acompanhar o que é exigido (um desafio gigantesco para um país com mais de 133 milhões de pessoas com 25 anos ou mais, e desses, 44 milhões sem ter completado o ensino fundamental, e quase 17 milhões sem ter concluído o ensino médio, afora, outros 9 milhões sem ter instrução formal – dados do PNACD/IBGE).

Missão dada, missão cumprida (?!)! É fácil de resolver isto? Não. Ponto final. É no mínimo complexo, na melhor das perspectivas, afinal, compatibilizar variáveis é muito mais desafiador do que qualquer explicação filosófica banal. Conciliar emprego e tecnologia sempre foi e continuará sendo um desafio no mundo todo. Mas temos que seguir em frente, não há outra opção.

Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, algumas competências profissionais estão mudando rapidamente e já são mais requisitadas atualmente, como: pensamento crítico, criatividade e gestão de pessoas. É um caminho. Portanto, nada de esmorecer agora, porque já chegamos até aqui. A busca pela competência profissional deve ser a meta das pessoas economicamente ativas, com persistência, inovação e resiliência.

Se você é líder, ou é profissional de relações trabalhistas e de RH, ou seja lá o que for, mas entende a complexidade do que acaba de ler, debata esse assunto com as pessoas menos experientes e preparadas neste contexto, e ajude no que for necessário para elas enfrentarem o agora e o que está por vir. Isto é deixar um legado de valores.

Emprego? Bem, se não houver algum, então, se autoempregue, empreenda de alguma forma, porque trabalho, garantimos, sempre terá lugar na sociedade dos humanos.

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