Atuando como psicólogo, mesmo não sendo

Eu, líder? Eu, psicólogo? Não na definição exata da palavra, a menos que você tenha, de fato, essa formação. Mas muitos líderes perguntam, em treinamentos de liderança, se eles não deveriam atuar também como “psicólogos” diante de certas condutas dos seus liderados no dia a dia.

Exemplo típico: As pessoas nos trazem questões pessoais de toda espécie – da discussão familiar à separação conjugal; das dificuldades financeiras à perda de pessoas próximas; da não adaptação ao trabalho ou à equipe aos estados de desânimo, e por aí vai. É o lado social que acaba desembocando no campo do trabalho, alterando todo o clima interno. Além do fato de que muitas dessas pessoas trabalham em áreas que exigem maior concentração, atenção e acuidade visual ou disposição para relacionar‑se com outras.

Vamos pensar nisso juntos. O diálogo é um alívio em muitos casos. Então, por que não o praticar com frequência? Não é o cargo de líder que fará de você um bom conselheiro. O que conta mesmo são sua habilidade e sua disposição de ouvir, de criar empatia, de entender o que o outro está dizendo e, principalmente, de olhar a situação que ele descreve sob outro ângulo e oferecer uma alternativa razoável.

Respeitadas as devidas proporções, não é isso o que um psicólogo faz? Prestar atenção às angústias de seus pacientes? E, de certa forma, é também o que um líder poderá fazer – prestar atenção aos anseios e às preocupações dos liderados.

É claro que cada caso pedirá uma solução diferente, novas condutas e modos de proceder. Na empresa, o líder também pode recorrer ao apoio de profissionais especializados (psicólogos, assistentes sociais etc.) para levar adiante os procedimentos iniciados por ele, quando a situação exigir maiores cuidados. O aspecto social no trabalho deve ser uma preocupação de toda a estrutura organizacional de apoio, especialmente das áreas de recursos humanos.

Lembre-se sempre:

  1. A maioria dos conflitos na relação líder-liderado vem da falta de atenção.
  2. A maioria das dúvidas provém da falta de informações.
  3. A maioria dos problemas no ambiente de trabalho surge da falta de integração, da falta de tolerância, e assim por diante.

É possível ensinar alguém a ser líder?

Essa é uma pergunta clássica e que aparece em todos os treinamentos de gestão e liderança que realizo, e que não são poucos.

A resposta é curta e direta. Sim, é possível! Basta lembrar a célebre frase de Thomas Alva Edson, criador da primeira lâmpada elétrica e um dos precursores da Revolução Tecnológica do século XX: “O gênio consiste em um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração”.

Portanto, para ser líder, um bom condutor de pessoas, é necessário conhecer os princípios da administração e da psicologia comportamental, e suar a camisa, literalmente. Não fique na pretensão de achar que diplomas seja o suficiente para dizer da sua competência, eles são importantes, claro, mas o que faz alguém ser líder é a sua capacidade de transformar um grupo de pessoas em uma equipe, coesa e motivada para alcançar um propósito. Nos tempos atuais há uma fartura de temas sobre liderar, induzindo à crença de se tratar de um ‘bicho de sete cabeças’, uma tarefa danada de difícil.

Complexa, sim; difícil, não. Ponto final! Interessante observar que há quem fale sobre liderança sem sequer ter sido líder em alguma ocasião ou exercido qualquer função semelhante à de conduzir equipes, e há quem prega opiniões por conta de modismos – talvez tenham sido chefes no velho estilo mando-obediência do passado, o que não assegura qualquer credibilidade no presente. Pois bem, se você é responsável por uma área de desempenho (setor, negócio, centro de custo etc.) em uma organização, tenha claro que a sua missão envolve os quatro pilares da administração de empresas: planejar, organizar, controlar e dirigir.

Nada mais clássico, não é mesmo? Os três primeiros pilares são de análise conjugada e envolve: objetivos e metas, alocação de recursos e controles necessários. O quarto pilar, dirigir, é de análise estratégica, e diz respeito a capacidade de liderar e de fazer a roda girar, o que o escritor-professor estrategista de Harvard “Ram Charan” chama de “desafio para fazer acontecer”. E quem faz acontecer?

A pessoa investida na função de líder. Percebeu o óbvio? Tenho que ter definido aonde é preciso chegar, estabelecer análises conjugadas e usar a estratégia de conduzir a equipe para atingir o desejado.

Certamente, para dar certo, isto implica em algumas capacidades: Capacidade pessoal: Você só consegue aumentar sua habilidade de liderança quando compreende os predicados que possui, isto é, suas limitações e suas possibilidades. Por isso, não deve tentar desempenhar a todo custo um papel em que não é capaz de se sentir à vontade. A rigor, não há maneira certa ou errada de liderar, mas o êxito nessa função exige convicção e esforços contínuos.

Você está convicto? Capacidade estratégica. É a capacidade de examinar situações geralmente complexas e tomar decisões a respeito do melhor caminho a seguir.

Você tem desenvolvido essa visão? Capacidade interpessoal. É a capacidade de dirigir e motivar os liderados e de se relacionar com superiores, pares (colegas de mesmo nível), clientes, fornecedores etc.

Você gosta de gente? Capacidade emocional. É a capacidade para enfrentar decisões que, com frequência, implicam um risco ou uma impopularidade momentânea e afetam pessoas ou interesses.

Você está disposto a assumir esse papel? Capacidade técnica. É a capacidade para tratar dos fatores tecnológicos, financeiros e administrativos da sua área de desempenho. Embora essa capacidade técnica seja relevante para o alcance de resultados, contudo, você deve ter em conta que a organização é humana e, por isso, são as pessoas que trazem êxito para os negócios.

Você está habilitado para os tempos atuais? Se você respondeu sim às cinco capacidades descritas, parabéns, o sucesso é certo. Se respondeu não para algumas, e sim para outras, mas quer ser, ou é líder, busque aprimoramento. Se concluiu que essa não é a sua praia, tudo bem, ser liderado também é um papel essencial. Bem, podemos concluir que Thomas Edson estava certo.

Em qualquer situação que buscamos êxito, a transpiração tem um papel fundamentalmente relevante.Não está convencido?

Então, faça acontecer apenas pela inspiração…e boa sorte! Conheça os meus programas e minhas publicações: www.carlosmina.com.br   

AUTOR: CARLOS MINA – consultor, palestrante e escritor (imprima e divulgue, se desejar, mas não omita a fonte).

Defina-se como líder ou nada feito! Chega de blá, blá, blá…

Não, eu não vou começar este texto explicando o que é liderança, líder, liderar, liderado, ou coisa que o valha. Não, eu não vou pegá-lo para Cristo, como se costuma dizer, para explorar conceitos acadêmicos. Há livros demais abordando este assunto, inclusive o meu “Dialeto Gerencial”, que escrevi para atender também a esta finalidade. Entretanto, se você já é um líder ou tem aspiração e inspiração para tanto, pense e responda para você mesmo o seguinte: você gosta de gente? É isto mesmo. Você gosta de pessoas?

Reflita profundamente:

Pessoas são seres humanos complexos (não são difíceis, são complexos), possuem personalidade, pensam por si só, respiram de forma independente, falam, ouvem, expressam opiniões, enfim…

Pessoas andam por ai, algumas almejam ser livres e autônomas, tem vontades e desejos, esboçam aspirações, são criativas, espontâneas, querem se relacionar, se metem na vida de outras pessoas, riem, bem…

Pessoas dormem, acordam, cochilam (algumas no trabalho), suam, se alimentam, fazem cocô, xixi, soltam pum, vomitam, bebem, muitas fumam, ora…

Pessoas reclamam, resmungam, choram, ficam deprimidas, brigam, ficam de mal, fazem as pazes, são rancorosas, querem ir à forra, ah…

Pessoas são irreverentes, desobedecem, questionam, manifestam opiniões, discordam, reclamam dos chefes e da empresa, hum…

Pessoas perdem outras pessoas queridas, desistem da vida, perdem entusiasmo, casam, separam, casam de novo, criam filhos, têm netos, parentes, amigos, cuidam de bichos, ufa…

Por fim, pessoas são pessoas. São seres humanos inigualáveis, com uma capacidade sensorial e intuitiva fantástica, e muitas virtudes. Mas… são pessoas. Costuma-se dizer que o inferno são os outros… contudo, o paraíso também.

Olhe as pessoas ao seu redor, não somente aquelas do seu convívio, com quem você já se acostumou, mas a todas que atravessam o seu caminho e entram na sua vida por alguma razão, situação ou circunstância do cotidiano. Descubra o óbvio. Somos todos iguais. Elas, as pessoas, pertencem à mesma categoria de humanos que você. São seus semelhantes. O que nos torna seres de pequena grandeza é a impertinência, a rabugice, a ranhetice, a vaidade exagerada, o orgulho, a desconfiança, a ganância… O que nos torna seres de quinta grandeza é a esperança, a solidariedade, a alegria, a afetividade, o companherismo, a fé, a compaixão, a empatia…

Seres humanos são mesmo seres complexos e, nas empresas, a tendência é essa complexidade ganhar outras dimensões, pois, afora tudo o que vimos anteriormente, ainda se somam: o status do cargo, o poder de influência, o conhecimento, o tempo de casa, a hierarquia…

Afinal, o que leva as pessoas a se tornarem autênticos lideres? Certamente, é a capacidade de saber lidar com essas complexidades humanas, o que vai exigir: a pratica da justiça, a sensatez, a coerência, o respeito, a ética, o amor ao próximo, o tratamento humano…

Então…, você gosta de gente? Você gosta de pessoas? Ótimo. Bem vindo à liderança!

AUTOR: CARLOS MINA – consultor, palestrante e escritor (imprima e divulgue, se desejar, mas não omita a fonte).

Eu planejo, tu planejas, nós planejamos… ele, o concorrente, faz!

É claro que eu acredito em planejamento e na sua eficácia, e o coloco em prática no meu trabalho e na minha vida cotidiana. E nem poderia ser diferente, pois a minha formação acadêmica é em administração de empresas, e administração, na essência, significa planejamento. Administrar é planejar! – e vice-versa. Existem muitos conceitos teóricos sobre planejar, assim como a respeito de organizar, controlar e dirigir – fatores esses que fundamentam a administração. Não vou descrever cada um desses fatores porque não é esse o objetivo do texto.

Mas, o que importa mesmo é que, normalmente quando alguma situação impede que se atinja os resultados programados (na empresa ou fora dela), o primeiro a ir para o ‘tronco’ é o planejamento… ou melhor: o administrador. Isto é um fato! E aqui vai uma ressalva construtiva: ‘tronco’, segundo o dicionário, é: pau fincado no chão, ao qual se amarravam escravos para os surrar. Bem, os tempos são outros, e nas empresas, o ‘tronco’ (mero simbolismo, é claro) é representado pela perda de bônus e de oportunidades de ascender a novos cargos, e pela demissão sumária quando as perdas são significativas para os negócios, ou ainda, quando há negligência do administrador (entenda aqui, todo e qualquer gestor).

O planejamento está ligado a três pontos-chave: visão de negócios, estratégia, e capacidade de gerenciar os dois primeiros. Como disse certa vez o senhor Peter Drucker (considerado o mais importante e influente estudioso de gestão do mundo): “- prever o futuro é inútil, você deve gerenciá-lo. Nesse sentido, duas premissas são imprescindíveis: 1. saber detectar o futuro que já aconteceu, mas ainda não foi percebido e 2. fazer acontecer, ou seja, inventá-lo”. E eu complementaria assim: a tendência dos fatos nos permite antever o futuro.

Desta forma, o planejamento exige muito mais do que a tarefa de formalizar um plano de ações. É preciso saber olhar à frente para obter resultados, ter prontidão para mudanças e flexibilidade para adaptações, e igualmente é necessário persistir, insistir, seguir de perto, intuir, incomodar, importunar, envolver pessoas, discutir ideias, etc. São esses quesitos que precisam ser gerenciados por um administrador eficaz, para fazer acontecer. Do contrário, nem a melhor das boas intenções em acertar o alvo vai salvá-lo do ‘tronco’… quero dizer: do fracasso da não realização. As estratégias dão errado mais frequentemente porque não são bem executadas. Os vencedores, quer sejam empresas quer sejam departamentos ou setores de uma organização, creia, alcançam suas vitórias na competência da execução – transformam discursos em ações, e as perseguem.

Lembro-me bem do que nos ensinou um professor de planejamento nas aulas de estratégia, no curso de administração: “- qualquer pessoa é capaz de planejar, obter recursos e até controlar (até vocês são capazes – ‘brincava’); o mais difícil, porém, é a execução – o fazer acontecer, a capacidade de gerenciar – e isto não é para qualquer pessoa”. É preciso ter foco, concentração e uma perseverança “canina” para perseguir o plano traçado, como também é fundamental ter iniciativa e… ‘acabativa’, para chegar aonde se deseja. Em outras palavras: nadar, nadar e morrer na praia, é um insulto para os bons administradores.

Gerenciar o planejado está associado à tomada de decisão. Portanto, saber decidir no tempo certo ou oportunamente é fundamental para se atingir um resultado. Se você deseja sair da posição atual (presente) para uma posição almejada (futuro), decida o que e como fazer, e gerencie pessoalmente cada passo e movimento. A execução está para as metas, como o planejamento está para os objetivos. Resumidamente: planejamento é um conjunto de meios organizados para se alcançar um fim, dispostos como um sistema integrado de decisões. É um método para produzir um resultado articulado.

Muitos profissionais são eficientes em planejar e traçar planos de trabalho, mas encontram dificuldades e se mostram ineficazes para incorporar a disciplina da execução. E executar significa gerenciar… que significa administrar… que significa organizar e controlar… Costumo dizer em meus treinamentos, que o papel do gestor, em uma empresa, se sustenta em dois pilares principais, que são: gerenciar resultados e desenvolver pessoas. Tudo o mais é uma consequência direta ou indireta dessas ações.

Moral da história: não basta apenas planejar (eu, tu, nós), é preciso fazer acontecer. Caso contrário, ele, o concorrente, faz. Ponto! Logo, se você insistir apenas em dar foco ao ato de planejar e não, especialmente, à disciplina de executar, é provável que ao invés de ir para o ‘trono’ pelos resultados alcançados, você vai acabar no ‘tronco organizacional’, e pelas desculpas de sempre: o problema é que….; eu até tentei…; a minha sogra é a grande…

Sucesso. E ótima execução… do planejado!

AUTOR: CARLOS MINA – consultor, palestrante e escritor (imprima e divulgue, se desejar, mas não omita a fonte).

Carlos Mina Consultoria
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